quarta-feira, julho 20, 2005

coisas soltas

Hoje o país continua a arder. Quando vejo as imagens e ouço os relatos dos acontecimentos, várias palavras surgem-me como cinzas negras que caem do céu.
Improviso total, improviso dos bombeiros, improviso das populações.
Improviso provocado pela irresponsabilidade de todos.
Caos, caos anunciado, previsto com meses de antecedência, caos fatídico e fatal.
Esperança que depois de tudo arder se aprenda a reconstruir o que se perdeu.
Espero por um país ordenado, onde haja uma enorme separação entre zonas urbanas e zonas rurais.
Espero por um país sem casas espalhadas por todo o lado, casas ao longo das estradas, casas no meio da floresta, casas ilegais no meio de áreas protegidas onde supostamente a prioridade era a natureza.
Espero por uma floresta mediterrânica, rica, auto-regenerada, ordenada pela própria natureza sem eucaliptos, sem resinosas sem cimento.
Espero por um país que não existe.
Espero se calhar pelo pasado ou pela extinção do que existe.

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