sexta-feira, dezembro 23, 2011

2012

O próximo ano 2012, vai ser o ano onde, (espero eu) se avalie friamente a crise verdadeiramente sistémica em que Portugal mergulhou, muito por culpa das medidas tomadas para evitar uma cada vez mais hipotética crise sistémica, que iria ser provocada pela normal falência de dois bancos mal geridos - BPN e BPP.
Agravou-se uma crise para evitar uma hipótese de crise que ninguém quer submeter a escrutínio.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Ligado à corrente- Editorial - Jornal de negócios online

Ligado à corrente- Editorial - Jornal de negócios online:

'via Blog this'



Este artigo retrata acima de tudo o raciocinio daqueles que não tiram os olhos do chão e nunca arriscam lançar um olhar para o horizonte.
O jornalista escreve que o lobi dos veículos eléctricos ficou triste com o corte aos incentivos à compra, mas não fala no regozijo com que o bem mais importante lobi do petróleo, festejou essa decisão.
O jornalista entende que o incentivo era um luxo a que o país não pode ter, mas evita fazer as contas ao peso que a importação de petróleo tem na nossa balança de transação, nem do incremento de eficiência energética que a generalização do uso deste tipo de veículo traria a Portugal a médio e longo prazo.
Mantendo os olhos focados no chão, e marchando com o rebanho, rumo ao empobrecimento, de nada adiantará a poupança imediata que se irá obter com mais esta medida avulsa que o governo toma, motivado acima de tudo pela vontade de fazer diferente relativamente ao anterior, em vez de se preocupar em fazer melhor.

terça-feira, novembro 01, 2011

euro grécia

O drama grego continua a agitar os mercados, ou será continua a ser usado para conduzir os mercados?
Está bem consolidada a noção de que ninguém tem poder suficiente para dirigir os mercados. Eles são formados por multiplas ideias e convicções e o rumo que toma dia-a-dia e mês-a-mês, é determinado pelo somatório de todas essas ideias e convicções. Para poder influenciar o seu rumo teria de existir um monstruoso poder financeiro com peso suficiente para influenciar a balança onde se pesam ursos e touros.
Também creio ser mais ou menos claro para todos, que a parte dita ocidental do mundo está a perder inexoravelmente a sua secular influência na economia mundial, em favor das novas potências eco-demográficas.
Junto a estas duas noções a de que este mundo ocidental, tem vindo nas ultimas duas decadas a disfarçar a sua perda de peso, recorrendo a dinheiro emprestado por essas mesmas nações ditas emergentes. O crédito substitui o crescimento interno que deixou de poder acompanhar as beneses sociais que esses estados criaram para os seus povos.
Estamos neste momento a constatar que também o crédito se está a esgotar e as nações ocidentais, enfrentam o fim de mais esse recurso para colmatar a perda cronica dos seus factores de crescimento.
Sem capacidade de produzir, sem capacidade de pedir emprestado, resta a derradeira soluçao dos desesperados: apropriar-se de capitais de terceiros.
Creio que é a concretização desta ideia que temos vindo a assistir.
Os dirigentes europeus e americanos, têm concertado entre si determinados gestos, que fazem mexer os mercados no sentido que eles pretendem, tendo como objectivo derradeiro, gerar capital que permita pagar as enormes dívidas que todos foram acumulando.
É desta fora que eu percebo o recente anuncio do PM grego, sobre a realização de um referendo (para dar força aos ursos), que se seguiu a mais uma cimeira para a agradar aos touros.
Com estas manipulações aos mercados os estados ocidentais usam uma espécie de inside trading estatal para conseguirem fundos que paguem as contas.
Nos ultimos 3 meses, todas as oscilações nos indices mundiais, começaram ou terminaram, com um evento politico, criado pelos estados ocidentais endividados.
Só no ultimo ciclo (cimeira do dia 26/10, anuncio do referendo grego no dia 1/11) o DAX mexeu 700 pontos (12%). Os bancos franceses mexeram 40% em 5 dias!

terça-feira, outubro 04, 2011

contas

Agencia Nacional para Compras Públicas

MS Office custa 5 vezes mais que nas lojas públicas (FNAC, WORTEN, VOBIS, etc)
A simples compra de um bilhete de comboio exige a consulta a 13 agências de viagens, sendo que só temos um fornecedor de serviço de passageiros a operar (a CP)

terça-feira, agosto 16, 2011

BCP e CP

O que se diria se a CP, para equilibrar as contas e pagar as dívidas vendesse ao melhor preço as suas locomotivas?
Pois é isso precisamente que o BCP se prepara para fazer, com a venda da sua unidade na Polónia.
É certo que também tem planos para comprar outras "locomotivas" no Brasil e em Angola, mas essas ainda estão a ser fabricadas e nem se sabe como irão andar (consumos, velocidades e fiabilidade) enquanto que esta (Polónia) viajava à vários anos, em velocidade de cruzeiro e sem grandes problemas, gerando lucros.
Há certas coisas que um leigo vê e acha má opção, porque não alcança os objectivos dos sábios, mas também há "sábios" que não passam de leigos em bicos de pés.

sexta-feira, julho 08, 2011

eis a verdade da agricultura portuguesa

Tal como já tinha sido abordado num post mais antigo, esta moda recente de promover "o regresso à agricultura", só pode ser concretizado se o problema dos custos de produção for resolvido. Se não acontecer isso, a moda será apenas isso, uma moda.

Noticia da Rádio Renascença 08-07-2011 11:33

Produtores de leite fecham portas devido à concorrência estrangeira



Nos últimos anos, encerraram mil explorações leiteiras. 90% do leite vendido pelas marcas brancas é importado.

Está a aumentar o encerramento de explorações leiteiras no país. O alerta parte da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (FENELAC), cujo secretário-geral, Fernando Cardoso, explica que o problema é que “a grande distribuição enveredou por uma estratégia, nos últimos anos, de importação de produtos lácteos”, que chegam ao mercado português “a preços muito, muito baixos”.

“Há pouco tempo, tivemos leite vendido nas grandes superfícies a 39 cêntimos por litro. Se o consumidor opta por essas importações, é evidente que há uma parte da produção nacional que não é comercializada ou é comercializada a um preço muito baixo”, acrescenta Fernando Cardoso.

A produção nacional é suficiente para as necessidades do consumo interno, garante o secretário-geral da FENELAC. "O problema está nas importações, essencialmente promovidas pela grande distribuição para as suas marcas próprias e a preços muito baixos”.

O futuro do sector está hoje em debate num seminário internacional em Santa Maria da Feira.

quarta-feira, junho 15, 2011

privatizações

Retirar o Estado das empresas tem uma grande vantagem, tem impacto imediato na honestidade e no sentido de serviço público dos governantes que vierem a seguir.
Actualmente diria que 80% dos políticos e aspirantes a políticos, particularmente os jotas, têm em mente um objectivo principal, conseguir entrar no clube dos intocáveis administradores de empresas públicas ou com forte dose de influência do Estado. Ao retirar esse isco nefasto, imediatamente é passado um crivo de credibilidade a essa classe que tanto dela precisa.
Podem dizer os críticos que também se perdem os mais dotados que assim se afastarão ainda mais da vida política.
Respondo já: no ponto em que estamos prefiro um honesto normal do que um aldrabão sobredotado.

terça-feira, junho 14, 2011

a agricultura

De repente entramos numa nova fase de movimento de opinião massificada em que todos os discursos vão parar à ideia de que temos de regressar à agricultura, povoar os campos, e produzir os nossos próprios alimentos para reduzir as importações.
Tudo isto não é novo e acontece em todos os países que atravessam crises do género da nossa, no entanto este raciocínio simplista esbarra de frente com uma outra verdade quase universal, a concorrência de preços é que determina a decisão do consumo. Quer isto dizer que os produtos alimentares estrangeiros que nos entram pela fronteira dentro, não nos são impingidos, entram porque efectivamente são mais baratos e a nossa agricultura desapareceu essencialmente porque não conseguiu competir com esses produtos. Esta é a verdade e embora seja romântica a ideia de que foi a horrível europa que nos obrigou a abandonar a lavoura, a verdade é que foi apenas mais um efeito da globalização.
Se o patriotismo dos portugueses atingir a fasquia em que em pleno hipermercado preferem pagar mais uns euros por um produto português do que por outro mais barato mas importado, então força.
Tudo para a Cova da Beira em força.
Não sendo isto, procurem mas é descobrir porque é que portugal gasta tanto dinheiro a mais que os outros para produzir 1 kg de hortaliça.

quarta-feira, junho 01, 2011

eleições... outra vez

Pois é, país a votos de novo.
E de novo sem a evidência de vermos eleito alguém que tenha o discernimento suficiente para perceber porque é que o país não consegue caminhar para o desenvolvimento sem ser à custa de muletas externas.
Muito se fala em gordura, em cortar despesa ou em aumentar receita mas é tudo vago e sem o sentido de uma verdadeira estratégia política com vista a assegurar um futuro melhor para quem vier a seguir.
Volto a identificar os dois impedimentos fundamentais para Portugal se tornar competitivo:

1. Na década de oitenta, "aconselhados vivamente" pelo FMI, o país privatizou muitos sectores da sua economia mas não cuidou em criar um verdadeiro poder de regulação. Com o passar dos tempos os sectores privatizados tornaram-se, por via de variados mecanismos, (golden shares, participações cruzadas, PARPUBLICA e CGD) em mercados protegidos retirando à economia e do país capacidade de crescimento. Como bem diz Vítor Bento nos seus livros: o sector dos bens não transacionáveis cresceu à custa de transferências de riqueza vindas do sector que produz bens em regime de concorrência (Nacional e Internacional).

2. A desorganização espacial e administrativa do país, implica um custo pesado (mas sempre negligenciado pelos governantes) nos chamados factores de produção. Com o crescimento urbano selvagem que é imagem de marca de quase todo o país, não é apenas a estética que sofre, sofre a economia do país. Quem contabiliza as horas e o combustível que os portugueses queimam no percurso casa-trabalho-casa, por falta de planeamento das cidades e das respectivas redes de transporte público? Todas as infraestruturas económicas baseadas em rede (telecomunicações, energia, transportes, água) têm em Portugal um custo por km, superior aos nossos concorrentes europeus. Enquanto os Espanhóis gastam 2 M euros para instalar a rede de tratamento de águas residuais de uma cidade com 100 mil habitantes, nós temos de gastar 4 M euros devido unicamente à extensão exagerada da mesma. O mesmo raciocínio tem aplicação a outros aspectos da vida social que também se organizam em rede e que têm impactes tremendos nos custos do tão falado Estado Social. A rede de escolas, por exemplo. O Sistema Nacional de Saúde. O Mapa Judiciário.

Quantas vezes já todos nós nos questionamos, será que somos mesmo mais preguiçosos que os Espanhois, ou que os Franceses, ou que os Italianos para estarmos sempre em crise económica? Porque é que este país não é competitivo? Porque é que quase tudo o que produzimos fica mais caro que noutros países mesmo sabendo que os salários são dos mais baixos da europa? Temos férias e feriados a mais? Somos mais corruptos?
Na base da resposta estão estes 2 problemas. Tenho para mim que o segundo tem muito mais peso que o primeiro e se é um facto que já são vários os economistas que atacaram o excesso de liberalismo dos mercados protegidos, em relação à falta de organização do país, ainda nada foi avançado e muito menos corrigido.

sexta-feira, maio 20, 2011

2 perguntas a Socrates

1. Que justificações tem para que em 2009, não ter acompanhado a Espanha no conjunto realista de medidas que eles tomaram e que os têm mantido credíveis aos olhos dos seus credores? Ou posta de de forma mais directa a questão: que dados económicos objectivos dispunha o Sr. nessa altura que lhe permitiram considerar que estávamos em melhores condições que Espanha?

2. Porque é que se demitiu após a aprovação das moções de resolução do PEC IV?
Renunciando desta forma simples à atitude de defesa do país que momentos depois invocou para caracterizar a actuação que o governo teve nos meses que precederam a demissão. Persiste a dúvida se demitindo-se por escolha e não por obrigação ou necessidade, não terá sido o Sr. que afinal estendeu a passadeira vermelha do Pote. Porque não escolheu antes a via do dialogo com os partidos da oposição no sentido de reformular o PEC IV, tal como anunciou até à náusea nos dias que antecederam a votação das moções. Dias antes da aprovação das moções o PS estava de braços abertos para negociar ajustes que fossem necessários ao PEC IV e logo a seguir fechou os braços e demitiu-se, quando nada o obrigava a fazê-lo. Tanto mais que algum tempo antes o Sr. até tinha sobrevivido a uma moção de censura (de contornos fantásticos, aliás) essa sim com capacidade para o obrigar a sair.

Sem boas respostas a estas duas questões, jamais votarei no PS.

segunda-feira, maio 09, 2011

o longo tempo das coisas absurdas

Como é possível que durante tanto tempo, o estado português tenha actuado como o principal angariador de crédito bancário para compra de habitação, sem que ninguém questionasse sequer a sustentabilidade dessa actuação?
Como é possível que durante tanto tempo o estado português tenha considerado que a compra de carros para a administração das empresas fosse equiparável a à modernização da sua frota comercial, consentindo que a sua compra contenha o mérito de uma decisão de investimento (vide o incentivo fiscal a que eles estão sujeitos)?

quinta-feira, maio 05, 2011

António Costa quer uma autarquia metropolitana para gerir a região- Economia - Jornal de negócios online

António Costa quer uma autarquia metropolitana para gerir a região- Economia - Jornal de negócios online

Bem vindo à Lusitânia Sr. Costa

Autarquias: Rui Rio defende mandatos de cinco anos para melhorar eficácia da governabilidade

Autarquias: Rui Rio defende mandatos de cinco anos para melhorar eficácia da governabilidade

Bem vindo à Lusitânia Sr. Rio

insulina e gasolina - a auto-regulação como forma de gerir racionalmente os transportes públicos

A utilização dos transportes públicos em detrimento do transporte individual deve constituir uma das áreas em que qualquer estado deve investir. Ultimamente tem vindo a ser insistentemente explicado que todos as empresas públicas de transportes colectivos para além de estarem tecnicamente falidas, não têm solução para virem a ser sustentáveis. Será assim? Terá o Estado de enfrentar este problema com os braços caídos ou existirá uma forma de dar a volta ao problema?

Na natureza e particularmente na fisiologia, existem mecanismos através do qual diversas funções corporais se conseguem manter em equilíbrio (sustentáveis, portanto) através de simples mecanismos de feed-back. A regulação da glicémia é um exemplo que pode ser usado. Quando a glicose circulante no sangue, desce abaixo de um limiar, existe um órgão que dispara a produção de insulina, que por sua vez vai percorrer o corpo, desencadeando diversas reações que permitem mobilizar açucares armazenados para fazer face à escassez momentânea desse recurso. Quando o nível finalmente é reposto, cessa a produção de insulina e o organismo retoma o equilíbrio. Em palavras simples é mais ou menos isto que acontece.
O sistema foi montado para dar resposta automática a défices cíclicos de uma substância essencial à manutenção da vida.

Da mesma forma deveria ser encarada a gestão da coisa pública.
Os subsídios do Estado aos transportes públicos têm de ser auto-sustentáveis sem infringir as regras do concorrência.
Quando é que a sociedade aproveita mais o uso colectivo de meios de transporte? Certamente que é nas crises dos combustíveis uma vez que nessas alturas o peso da importação de petróleo na balança externa é maior. A melhor maneira de diminuir esse peso seria existir um mecanismo que baixasse tanto mais as tarifas dos transportes conforme subissem os preços do gasóleo. Exactamente ao contrário do que hoje se verifica. Ora se o Estado conseguisse indexar uma parte substancial do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, ao subsidio dos meios de transporte colectivo, ia precisamente estabelecer um mecanismo de feed-back que além de tornar mais eficiente a escolha do transporte por parte dos cidadãos, ainda ia provocar a diminuição do consumo de combustível.
É por isso que o Estado deve compartimentalizar sempre que possível, as receitas geradas por um mercado ou produto, às despesas inerentes ao financiamento do funcionamento desse próprio mercado.
Em vez de aglomerar as receitas do Estado num bolo imenso e depois distribui-lo tantas vezes sem critérios de custo-beneficio, pelas diversas "capelinhas" que vivem na sua orbita, o Estado devia preocupar-se em criar mecanismos deste tipo, que permitissem simplificar ou até mesmo dispensar a actuação muito mais arrastada, burocrática e influenciável das autoridades de regulação.

segunda-feira, abril 11, 2011

a pergunta

A pergunta que ninguém ainda fez é: porque é que o PS optou por demitir-se em vez de refazer um novo PEC4 devidamente negociado com os outros partidos tal como andou uma semana inteira a pedir? ou será que o PEC4 não era de facto negociável e essa semana foi também ela apenas uma cena da peça?
Porque é que o PS associou tão rapidamente a rejeição do PEC4 à demissão do governo?
Esta questão enquanto não for esclarecida, vai sugerir sempre que o país assistiu a uma encenação do PEC4, cuja intenção final era exactamente provocar todos os acontecimentos previsíveis que levariam o PM a bater com a porta.

sábado, fevereiro 12, 2011

a esquerda



Ontem dia 10 de Fevereiro o bloco de esquerda anunciou, no parlamento que pretende apresentar uma moção de censura ao governo Sócrates a 10 de Março. Justificou Louçã que a moção foi marcada para esse dia, porque só a partir dessa data o Presidente Cavaco Silva tem capacidade para agir em conformidade na circunstância da moção ser votada favoravelmente pelo hemiciclo. Tudo lógico e pragmático. O bloco considerou finalmente que é tempo de pôr em prática a retórica por vezes estridente que muitas vezes pratica na assembleia. Muito bem, pensamos todos.
Hoje dia 11 de Fevereiro, o mesmo bloco, mas através de outro dirigente que não conheço o nome nem o posto que ocupa no aparelho, veio dizer que afinal a moção não é para ser aceite pela maioria. Apresentam-na mas não pretendem lutar por ela. Diz esse parlamentar que se o PSD ou o CDS (a apontada direita portuguesa)votarem a moção favoravelmente, "cairão no ridículo".
Este genero de acções políticas, ao contrário do que devem pensar os dirigentes que as concebem, não são bem vistas pela população e consequentemente com elas nunca ganham simpatizantes, aliás a tendencia é perdê-los.
Desta vez há um facto que os bloquistas ignoraram e que agrava bastante o impacto negativo da sua moção brincalhona. Toda a população informada sabe que a execução orçamental do 1º trimestre que o governo vai apresentar em Abril, vai constituir o definitivo exame à sua capacidade de se manter em funções. Qualquer derrube antes dessa data é apenas mais uma manobra política tipica desta classe de politicos de quem a população foge como o diabo da cruz. Estamos fartos destas manobras cénicas onde o meio político se auto-acaricia, fechado à verdadeira vontade dos cidadãos e do futuro do país.
Enquanto a esquerda portuguesa, se mantiver conformada no seu actual papel de animador folcolórico do meio político português, tal como o partido trabalhista fazia, antes da emergência do fenómeno Lula da Silva, o pais manter-se-à sem rumos alternativos, condenado ao bloco monolitico actual, centrado nos vicios e no status quo, que tem reinado este egito, nas últimas 3 decadas.