segunda-feira, dezembro 28, 2020

Que se passa com as redações das TV portuguesas?

Ontem foi dia 27 de dezembro e ficou assinalado como o inicio da campanha de vacinação contra a doença Covid-19. Os noticiários encheram-se de noticias sobre isso, como seria de certa forma natural esperar que acontecesse. Só que nunca esperei ver mais de 1 hora de noticia, em ciclos repetitivos, onde só mudava o local de reportagem. 
Fizeram-se reportagens em todos os hospitais públicos de Lisboa Porto e Coimbra, mostrando pessoal hospitalar a ser vacinado, e perguntando até à exaustão sempre as mesmas coisas (também pouco mais haveria para perguntar). Over and over and over and over até à exaustão.
Como se isso não bastasse, hoje (2º dia da campanha) voltaram a fazer o mesmo! Lisboa, Porto, Coimbra; reportagem e direto; perguntar se tiveram hesitações em tomar e como se sentem; entrevista rápida a um administrador para dizer que está tudo a correr bem e passar para outro hospital para repetir o ciclo......
Não acham que chegava fazer uma reportagem apenas?
Que diferença haverá entre vacinar no Curry Cabral ou no Santo António?
Para quê tanto tempo e tantos recursos gastos numa só noticia?
Não havendo mais nada no mundo para reportar, porque não encurtar os serviços noticiosos e passar musica, ou desenhos animados?

Que falta faz um Diácono Remédios...

segunda-feira, dezembro 21, 2020

https://eco.sapo.pt/2020/12/21/leilao-do-5g-arrisca-tornar-portugal-na-18-a-comunidade-autonoma-espanhola-alerta-miguel-almeida/

Leilão do 5G arrisca tornar Portugal “na 18.ª comunidade autónoma espanhola”, alerta Miguel Almeida - presidente executivo da NOS

O Miguel é apenas um exemplo do que todos os outros operadores de telecom a operar em Portugal já vieram dizer. Estão todos ferozmente contra o regulador ANACOM por causa das regras impostas por este no leilão 5G.
Confesso desde já que não li essas regras nem sei ao detalhe os problemas que os CEOs detetaram, mas de uma coisa sei, é mais saudável que os regulados protestem contra o regulador, do que andem aos abraços. Infelizmente para nós, consumidores, é raríssimo encontrar na história portuguesa das telecom, períodos de protesto entre ambos e como todos nós (e as nossas carteiras) sabemos os resultados são péssimos. Tudo o que se trate de comunicar é quase sempre mais caro neste país do que em nos outros países da UE, seja móvel, tv, dados, etc. O mesmo se passa na energia é nos outros mercados regulados.
A origem do pecado, em todos eles é exatamente essa captura sistemática que os que têm mais poder - Os Regulados - fazem aos que supostamente lhes deviam apresentar as regras do jogo, protegendo a qualidade dos serviços e os consumidores.
Por uma vez estou a assistir a alguma coisa diferente e sinto que é bom. A ultima vez que algo parecido aconteceu, terminou com a demissão dos que do lado dos consumidores, tentou lutar contra os CEO. Na altura foi um Secretário de Estado da Energia.