quinta-feira, novembro 29, 2012

Estado compra Hospital a Misericórdia de S. João da Madeira - Renascença

Estado compra Hospital a Misericórdia de S. João da Madeira - Renascença:

No meio de toda esta onda de "combate" ao chamado Estado Social, onde se encaixa esta fantástica noticia em que o Estado compra uma Hospital a uma entidade privada?
Que poderes, certamente extra-terrestres, terá o presidente da Junta de Freguesia de São João da Madeira, para conseguir tal benesse do Ministério da Saúde?
Recordo que São João da Madeira, que no futura Lusitânia passou a ser uma das cidades administradas pelo Governo Distrital de Aveiro, é actualmente uma cidade/concelho com apenas 8,1 Km2, que surpreendentemente foi transformado concelho em 1926.

segunda-feira, novembro 26, 2012

Pensões de reforma na Alemanha vão subir até 11% em quatro anos | Económico

Pensões de reforma na Alemanha vão subir até 11% em quatro anos | Económico:


Sendo verdadeira esta noticia, podemos concluir que afinal, a democracia de cariz populista e eleitoral também está bem instalada na austera e responsável Germânia.
Benvinda ao Sul, Dona Merkel.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Autocaravanas vão pagar 30% da tabela do Imposto Sobre Veículos - Renascença

Autocaravanas vão pagar 30% da tabela do Imposto Sobre Veículos - Renascença:


Qual terá sido o racional para mais esta benesse que o Estado criou e que agora, batizada como direito adquirido, vai ser difícil cortar?
As autocaravanas possuem um regime especial no Imposto sobre Veículos, através do qual pagam actualmente apenas 15% do montante a que seriam sujeitos os veículos que serviram de base à sua transformação. Não é certamente por serem mais amigas do ambiente, dado que consomem bastante gasóleo, também não é por serem ferramentas de trabalho.
Certamente que esta vantagem foi atribuída a pedido de algum grupo de interesse, que na altura conseguiu sacar ao governante com a tutela, mais este bónus.
É mais um exemplo entre tantos, de coisas que o Estado faz em tempos de vacas gordas e que depois quando aperta o cinto, ninguém deixa cortar.
Também recentemente descobri que o Estado paga 2000 euros por cada funeral, sob a forma de subsidio. As agências funerárias usam este valor para criar a base dos seus produtos, ou seja 2000 euros é o funeral mais barato. Fica assim logo à partida assegurado um lucro imutável, protegido de qualquer concorrência e em relação aos quais se tornou corrente designar como RENDAS.
Tal como no sector das autocaravanas, o Estado entretém-se em tempos gordos a criar mercados e rendas a quem tiver influência para o espremer.
Se alguém sério se dedicasse a estudar toda a estrutura de subvenções, subsídios e isenções fiscais que estão em vigor, certamente que iriam encontrar bastante desperdício, que além disso tem um contributo decisivo para distorcer os mercados e prejudicar a economia do país.

segunda-feira, novembro 19, 2012

terça-feira, novembro 13, 2012

A Crise

Os acontecimentos mais marcantes da história colectiva da humanidade têm a particularidade de serem contados várias vezes, consoante o tempo nos afasta deles. Esta crise económica que desabou sobre a Europa vai fazer parte dessa lista e estou convencido que quando a investigação histórica se dedicar a fundo ao seu estudo iremos perceber que o Mundo Ocidental, faliu em Outubro de 2007.

Ao contrário do que parece agora, os registos irão mostrar que o risco sistémico que levou os Estados a salvar os bancos, não foi evitado, e a dimensão do colapso do sistema foi muito maior do que hoje sabemos.
Todo o sistema financeiro colapsou, ou seja, todos os maiores bancos dos EUA e não apenas o Lehman Brothers, faliram de facto e só a intervenção da Reserva Federal, cobrindo as perdas com notas acabadas de imprimir, evitou a bancarrota generalizada e a paragem imediata da economia do país. Passados 5 anos dos acontecimentos, os EUA continuam a imprimir dinheiro, o que permitirá no futuro contabilizar com algum rigor a dimensão gigantesca do prejuízo que a banca libertina criou. 
No Reino Unido aconteceu sensivelmente o mesmo, mas agravado pelos activos envenenados que a banca americana injectou no mercado em doses massivas. A solução adoptada foi a mesma, imprimir libras e negociar com os chineses e árabes a compra de dívida soberana.
Na Europa, a diferença que agora penaliza os países mais débeis, foi que Bruxelas e Berlim optaram por imprimir a mínima quantidade de dinheiro possível, recorrendo sempre que possível a activos próprios (quer dos Estados quer dos bancos) para cobrir os prejuízos.
A UE decidiu que o sistema financeiro que irresponsavelmente criou este tsunami, teria que participar activamente na recuperação e assim surgiu o braço de ferro, entre as duas forças. Uma das medidas originais da UE contra os bancos (ao contrário da opinião corrente), foi cobrar um juro pelo dinheiro que o BCE empresta aos bancos, que contrasta com a falta de qualquer pagamento por esse dinheiro, praticada pelos anglosaxónicos.
De entre os vários contra-ataques que os bancos lançaram, para tentar alterar a orientação da UE, surgiu o aperto às operações de emissão de dívida dos países mais frágeis. Nessa altura as notações de risco eram alteradas em alta, numa frequência semanal, pelas várias agências, as taxas cobradas nas emissões atingiram valores irracionais até levarem 3 países ao tapete, obrigando-os a pedir ajuda internacional. 
No meio disto tudo falou-se em reformar as regras de funcionamento do sistema financeiro, só que o poder que Wall Street e a City mantêm sobre os respectivos Estados, e que os obrigou imediatamente a lançar a boia de salvação, vai também fazer com que tudo fique exactamente como era antes de 2007.

O que irá acontecer daqui para a frente?
A menos que a China e os países Árabes, modifiquem o seu comportamento e façam aos EUA e ao RU o que os bancos fizeram à UE, a tempestade deverá passar quando as perdas forem completamente repostas com a massa monetária excedentária que foi criada. Nessa altura, poderão os 2 Estados começar a impôr medidas que retirem dinheiro de circulação, protegendo em última análise os detentores da dívida soberana. Creio que deve ser este o futuro para os  EUA e RU.
E para a Europa?
Aqui, o cenário não é tão claro. 
A pressão sobre a Espanha e a Itália, poderá diminuir, se entretanto o braço de ferro perder força. Se as perdas bancárias começarem a ser geríveis pelas administrações e pelos accionistas. É provável que isso venha a acontecer dado que em 5 anos já muito do que ruiu terá sido reconstruído. Nessa altura começarão a surgir notações mais simpáticas, levando as taxas para níveis próximos dos iniciais. Salvam-se do Bailout os países que pelo seu peso arrastariam a União monetária e a própria UE para a desintegração. Este cenário benigno também tem ligações profundas com a atitude da China e dos países Árabes, porque um ataque destes à dívida dos EUA e RU, arrastaria tudo outra vez para o olho do furacão e eventualmente ditaria o fim do Ocidente como potencia económica. Dadas as dependências comerciais que existem entre os 4 blocos, dificilmente este confronto verá a luz do dia, pelo menos no horizonte de um par de décadas.
Relativamente aos países resgatados, assim que a Espanha e a Itália, vejam outlook positivo nos seus ratings, fica aberta a porta para aqueles reentrarem no mercado da dívida e aí, a bola passa a estar de novo do lado dos políticos nacionais. Antes porém vai ter de acontecer uma coisa: os 3 países vão ter de refinanciar a dívida emitida antes do bailout, através de um novo resgate cedido pela troika com juros ainda mais baixos (1 a 2 %) e por um período mais longo. A folga que este novo empréstimo provocará no serviço da dívida, deverá ser utilizado pelos países para promover crescimento do PIB. Nessa altura os 3 países irão debater-se sobre o eterno dilema: Voltaremos ao mundo da fantasia ou seremos pela primeira vez governados por gente competente e responsável que saberá tornar mais seguro e sustentável o futuro destes países? 
O problema principal nestes países é o tempo que ainda demorará a "tapar o buraco de Wall Street". Demasiado tempo pode ser mau ou pode ser bom. Depende quase da fé. Há quem pense que só destruindo tudo se abre lugar à verdadeira regeneração das sociedades. E aqui destruir tudo significa, o tipo de organização administrativa e social que o Estado fornece aos seus cidadãos. Por outro lado, a grande maioria pensa que não se deve destruir nada e por isso quanto mais rápido encher o buraco mais depressa voltaremos ao estado pré-crise.
Conhecendo minimamente a sociedade portuguesa, e sabendo pela experiência de viver aqui, que não existe vontade social de mudar nada neste país, dificilmente consigo ver vantagens na hipótese da crise estar perto de terminar. É triste admitir isto mas, não deve haver ninguém que acredite num cenário em que mesmo com financiamento fácil nos mercados, Portugal consiga, pela primeira vez na sua história, planificar o seu crescimento de forma sustentável. 
É muito mais fácil acreditar que retomaremos os velhos ciclos de populismo eleitoral, envolvendo a construção de TGV, de aeroportos, de mais estradas, túneis e rotundas e de obras de outras coisas públicas faraónicas, com que nos temos vindo a arruinar. Ainda ontem ficamos a saber que no Gabão cederam um mina de ferro aos chineses, por troca da construção de um estádio de futebol... 

sexta-feira, novembro 09, 2012

Areia para os olhos?

Ex-ministro alerta para os efeitos da austeridade na paz social - Renascença:


Nunca como no último mês se ouviu tanta "gente" importante alertar para a chamada paz social, ou coesão nacional. As definições mudam, mas o sentido é o mesmo: "vejam lá - governantes, que o povo ás tantas revolta-se e temos todos de fugir para o Brasil como da outra vez".
É sem dúvida muito interessante que, tenha sido este orçamento a suscitar este alerta.
Já li um analista (infelizmente não me lembro do nome) caracterizá-lo como o orçamento mais à esquerda desde o 25 de Abril de 1976. Dizia ele que era de tal modo, que fazia inveja ao Bloco de Esquerda e ao PCP.
As razões que ele apontava para isto, prendiam-se com o facto de este ser o primeiro orçamento que agravava de facto as classes média alta e alta.
Desde que li esse artigo, fiquei mais atento ao tipo, forma e origem dos comentários que iam surgindo na comunicação social, que como se percebe é dominada precisamente por essas classes sociais, e o que é certo é que esses comentários foram sendo mais violentos, muito mais pessimistas e usando muito os termos acima referidos. As origens tendem a ficar mais crispadas ao falar e muitas personalidades que até aí permaneciam caladas, resolveram saltar para o púlpito.
Posso de certa forma concluir que as ações vieram confirmar o teor do artigo.

Mudança de modelo económico

Nos últimos anos e no mundo da economia, não há debate, entrevista ou discurso público que não fale na necessidade urgente de uma "mudança do modelo económico".
Chegam às vezes a ser apelos desesperados ao surgimento de um modelo alternativo para o desenvolvimento do planeta ou do mundo ocidental, ou da europa, ou de portugal. Essa mudança constitui, à luz da veemência das intervenções, um verdadeiro Santo Graal da Economia. Infelizmente 99,9% das vezes nenhum dos presentes faz a mais pequena ideia de como se deve processar essa mudança nem o que dela deve constar. O único pensamento estruturado sobre este assunto é o de um movimento chamado Zeitgeist, que aproveito para publicitar um pouco e que pode ser explicado vendo os vários documentários disponíveis por exemplo no Youtube.
Mas voltando um pouco atrás, pergunto: quais são as hipóteses do mundo ocidental mudar de modelo económico, de forma pacífica ou seja sem que seja necessário algo parecido com uma revolução?
Vejamos alguns exemplos de mudanças de modelo económico, caracterizadas pelo sentido em que as mesmas se realizaram, ou seja se ocorreram no sentido de favorecer a maioria retirando privilégios à minoria, ou se foram realizadas no sentido de concentrar a riqueza nas elites dominantes. Este exercício não pretende ter em conta o que aconteceu após o momento da tal mudança, porque sabemos todos que a natureza humana ainda não evoluiu o necessário para que mesmo as mudanças no sentido favorável à maioria, não sejam aproveitadas, mais tarde ou mais cedo, para criar novas minorias de privilégio.

Até à revolução Francesa de 1789, existiram essencialmente mudanças de liderança, que ocorriam um pouco em substituição de uma ferramenta que ainda não tinha sido inventada, - as eleições democráticas. Dessa forma, através de golpes de estado, ou de lutas dinásticas, os regimes ocidentais iam-se sucedendo uns aos outros, mas sem nenhumas alterações económicas de relevo.
Em França aconteceu a primeira revolução que pretendia acabar com a desigualdade nas transferências de riqueza entre as classes sociais. Curiosamente a faísca que despoletou o movimento aconteceu quando o rei Luís XIV, decidiu cobrar impostos ao clero e à nobreza, ou seja atacou a minoria priveligiada, que depois manobrou facilmente a opinião pública e libertou a revolução. Foi um acontecimento violento, seguido de um período de extrema volatilidade, que só terminaria com a chegada ao poder de um novo Imperador, - Napoleão Bonaparte.
A próxima mudança de modelo económico aconteceu na Rússia, onde mais uma vez em nome do povo russo, os czares foram destituídos, os privilégios retirados e onde se tentou criar um forma mais justa de repartição da riqueza do país. Todos sabemos que se nos primeiros anos o projeto parecia estar em fase de implementação, logo surgiu quem se apoderasse do comando da máquina bolchevique e se transformasse num novo czar vestido de vermelho. A revolução de Outubro, foi, tal como a francesa, extremamente violenta.

A seguinte mudança de modelo económico não teve o dramatismo das revoluções anteriores, foi antes uma manobra silenciosa e ocorreu ao longo de várias décadas. Aconteceu na América. A Grande Depressão, e as reformas instituídas por Roosevelt ao sistema financeiro dos EUA, para além de salvarem o país da ruína, tiveram também a má fortuna de gerar as semente de um movimento revolucionário, que lentamente foi subindo as escadarias do capitólio com o objectivo de destruir todo o tipo de controlo que o Estado deve ter sobre a riqueza que o país produz. O processo de transformação propriamente dito, teve o seu inicio quando o presidente Reagan foi eleito e teve sequência em todos os que lhe sucederam. Ao contrário das revoluções anteriores esta mudança foi realizada de forma pacífica, organizada e muito lentamente, tendo por isso passado praticamente despercebida até ao momento em que os mecanismos, que o Estado permitiu à minoria privilegiada inventar para se apoderar da riqueza do país, se romperam e tudo se desmoronou como um castelo de cartas.
Este modelo económico Americano, criou um outro braço armado, chamado de Globalização. Com ele, a minoria privilegiada que apesar do colapso da sua doutrina, se mantém a liderar os destinos dos EUA, pretende alargar a sua área de domínio económico a todo o planeta, ou pelo menos a todos os países que não possuam capacidade militar para se lhe opor.
A desregulamentação dos sistemas financeiros nacionais, faz parte dos programas de ajustamento que o FMI, sediado e financiado pelos EUA, impõs aos imensos países por onde já passou. Se lerem o fascinante livro de Joseph Stiglitz (americano, e prémio Nobel de economia) " A Globalização" verão que os países intervencionados pelo FMI, e que decidiram ceder o controlo dos fluxos financeiros, aplicando a receita da liberalização, perderam sempre décadas até recuperarem os níveis anteriores à intervenção e muitos deles ainda nem viram, até hoje a luz ao fundo do túnel.

Os casos da França e da Rússia, mostram que efectivamente a mudança de modelo económico, tem servido ao longo dos anos apenas como uma espécie de cenoura com que as minorias privilegiadas, conduzem a maioria silenciosa. As grandes mudanças que esses 2 movimentos trouxeram ao mundo não envolveram a economia dos países, porque de uma certa forma tudo ficou na mesma, passados os tempos de volatilidade.
Ambas trouxeram mudanças significativas noutras áreas, na escolaridade, na saúde, na organização administrativa, mas o principal chamariz que os despoletou, nunca foi cumprido.

Portanto quando a nossa minoria privilegiada fala na urgência de uma mudança de modelo económico, estão a pensar exactamente em quê?
Querem o derrube do modelo americano e trilhar um rumo novo e desconhecido, ou pretendem apenas acenar com a cenoura que a França e a Rússia usaram? Precisamos de saber isso porque a maioria silenciosa já está cansada de comer cenouras...

terça-feira, novembro 06, 2012

BPN ameaça défice de 2012- Finanças Públicas - Jornal de negócios online

BPN ameaça défice de 2012- Finanças Públicas - Jornal de negócios online:

Continua a ser cavada sepultura deste autentico assalto aos contribuintes.
Quando é que o povo português vai conhecer a lista dos titulares dos créditos incobráveis destes veículos TITANIC?
Quando é que o povo português vai poder tomar posse legitima dos activos que esses titulares "compraram" com o nosso dinheiro?