sexta-feira, maio 20, 2011

2 perguntas a Socrates

1. Que justificações tem para que em 2009, não ter acompanhado a Espanha no conjunto realista de medidas que eles tomaram e que os têm mantido credíveis aos olhos dos seus credores? Ou posta de de forma mais directa a questão: que dados económicos objectivos dispunha o Sr. nessa altura que lhe permitiram considerar que estávamos em melhores condições que Espanha?

2. Porque é que se demitiu após a aprovação das moções de resolução do PEC IV?
Renunciando desta forma simples à atitude de defesa do país que momentos depois invocou para caracterizar a actuação que o governo teve nos meses que precederam a demissão. Persiste a dúvida se demitindo-se por escolha e não por obrigação ou necessidade, não terá sido o Sr. que afinal estendeu a passadeira vermelha do Pote. Porque não escolheu antes a via do dialogo com os partidos da oposição no sentido de reformular o PEC IV, tal como anunciou até à náusea nos dias que antecederam a votação das moções. Dias antes da aprovação das moções o PS estava de braços abertos para negociar ajustes que fossem necessários ao PEC IV e logo a seguir fechou os braços e demitiu-se, quando nada o obrigava a fazê-lo. Tanto mais que algum tempo antes o Sr. até tinha sobrevivido a uma moção de censura (de contornos fantásticos, aliás) essa sim com capacidade para o obrigar a sair.

Sem boas respostas a estas duas questões, jamais votarei no PS.

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