sexta-feira, novembro 27, 2009

isto é ser prudente?

Esta noticia mais ou menos tímida passou quase despercebida neste dia de Outono, onde se falou do "face oculta" e outras façalhas dos portugueses.
Destaco dela uma interrogação: a palavra prudencial é muitas vezes usada pelos banqueiros e por quem os regula (?) para manifestar a orientação que deve ser sempre seguida na supervisão de tão importante sector em qualquer país.
Mas, será prudente que um banco (seja ele qual for) se deixe ficar tão dependente de tão poucas pessoas/instituições como é o caso relatado na noticia do JdN?
Então e a história da galinha e dos ovos no cesto, não é levada a sério quando o tamanho da galinheira é suficientemente grande para matar toda quinta no caso de um colapso?
Estará a gestão do BCP (e o silêncio sempre oportuno do Banco de Portugal) a contar que estes 6 magníficos caloteiros, têm a solidez do "ouro", nome pelo qual os contribuintes deviam passar a ser designados, neste mundo cada vez mais de pernas para o ar?
Então aqui fica a noticia tímida mas que deixa muita poeira no ar:

Jornal de Negócios Online de 26/11/2009
negocios@negocios.pt


Seis clientes do Banco Comercial Português (BCP) devem ao grupo financeiro cerca de 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a aproximadamente 80% da capitalização bolsista do grupo, que ontem totalizava 4,3 mil milhões de euros.

De acordo com uma notícia de hoje do “Público”, só a construtora Mota Engil tem responsabilidades assumidas para com o banco da ordem de 1,2 mil milhões de euros, cerca de 28% do seu valor de mercado.

"O BCP não comenta relações com potenciais clientes. Em todo o caso, todas as operações respeitam os rácios impostos pelo Banco de Portugal", disse ao “Público” o porta-voz do banco presidido por Carlos Santos Ferreira.

Para além da empresa liderada por Jorge Coelho, ex-governante socialista (ministro de Estado e do Equipamento Social), encontram-se também neste lote de grandes devedores do BCP mais dois grupos ligados ao sector da construção, a Teixeira Duarte (Pedro Teixeira Duarte) e a Soares da Costa (Manuel Fino). No grupo estão ainda a Cimpor, cimenteira detida pela Teixeira Duarte e por Manuel Fino, o investidor Joe Berardo, e o empresário Joaquim Oliveira, dono da Controlinvest, que controla a Lusomundo e os títulos de mediaDiário de Notícias, Jornal de Notícias, 24Horas e TSF.

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