quinta-feira, outubro 04, 2007

o mau caminho

Conforme tinha escrito nos principios da Reforma Energética para a nova Lusitânia, o caminho das grandes hídricas está ultrapassado e não deveria ser a escolha estratégia de um país que sabe onde quer estar no futuro próximo. Os problemas que as grandes barragens trazem ao país em termos de qualidade do recurso água e do recurso bio-diversidade, são maiores do que o aproveitamento energético que se supõe delas retirar. Sem embargo, o governo de portugal, anunciou hoje mais 10 empreendimentos hídricos de grandes dimensões. Alguns deles estão previstos para rios já hoje problemáticos em termos de qualidade de água (ex. Tâmega), outros inexplicavelmente foram localizados nos troços finais dos respectivos cursos de água (ex. Foz do Tua), precisamente nos locais onde mais afectam a migração de espécies da ictiofauna.
Vou dar aqui, neste escondido blog, uma novidade ao senhor ministro do ambiente, ao ministro da economia e ao primeiro ministro: A energia hidrica não é verdadeiramente renovável.
Ser renovável significa que não destroi recursos, não extingue partes do sistema onde se insere.
Pensem nisso um bocadinho...

Para além desta importante contra-indicação da energia hidroeléctrica (tal como vai ser implementada), debate-se também na reforma energética para a nova Lusitânia, a questão de esta forma de produção de energia ser tecnologicamente retrogada e ultrapassada. Nada na sua tecnologia é novo. Nada há a inventar. Nada há que permita criar valor intelectual para o país.
Ao invés dela, a energia das ondas, a solar e a eólica conjugadas entre si como ferramentas para produzir sustentavelmente o HIDROGÉNIO, são os territórios "quase virgens" na descoberta de novos paradigmas energéticos. É aí que está a inovação! Aí está o futuro!
Imagine-se o que um país como o nosso poderia ganhar se se tornasse o número 1 destas formas de produção de energia! O dominador! O dono das patentes! O controlador do Know-How!
Mais uma vez os nossos governantes mostram a sua pequenez, a sua falta de ambição!
Querem hidricas para cumprir o Quioto. Limitam-se a cumprir uma espécie de "Mínimos Olímpicos". Satisfazem-se em ter 10 neste exame, que tantas implicações poderia ter no futuro da nação...
O que nos vale a nós, habitantes deste território mal gerido, é que a mudança está para chegar!

A fundação da nova Nação Lusitânia, irá mudar a mentalidade de todos, tal como a luz do sol transforma a uva verde, no nectar dos Deuses!

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